O estudo de batimetria do projeto de hidrovia Brasil-Uruguai, elaborado pela DTA Engenharia Portuária e Ambiental, foi entregue nesta quarta-feira ao vice-ministro de Transporte e Obras Públicas do Uruguai, Juan José Olaizola, durante a Jornada de comemoração dos 60 anos do relançamento da navegação na hidrovia Lagoa Mirim – Lagoa dos Patos, realizada no salão de Atos da Universidade Federal de Rio Grande do Sul (Ufrgs).
De acordo com o presidente da DTA Engenharia, João Acácio Gomes de Oliveira Neto, o explica que o projeto de dragagem do local é simples, mas a eclusa precisa ser olhada “do ponto de vista operacional” e pertence ao governo federal. Os investimentos previstos são de 10 milhões de dólares a partir de recursos privados. Neto afirma que a hidrovia – que pode ser a primeira pedagiada da América Latina – tem potencial para beneficiar uma área de um milhão de hectares.
“Não tem hidrovia hoje porque não tem carga, não tem carga porque não tem hidrovia. Fico satisfeito quando o ministro Olaizola fala que é uma carga nova que vai nascer de uma região que não produz carga, que fica na região Norte-Leste e Nordeste do Uruguai. Não se trata de competir ou perder carga de Montevideo”, destaca.
O senador Luis Carlos Heinze (PP) afirma que a hidrovia pode oferecer uma série de oportunidades de negócios para RS, Brasil e Uruguai. “Traz para uma região pobre do Uruguai, as regiões Norte e Nordeste – a incorporação de um milhão de hectares, que hoje só tem arroz e pecuária”, destaca.
O senador afirma que a ideia é potencializar a produção da pecuária, soja, sorgo, entre outros. “Não só agricultura, mas a produção de cimento, porque o Uruguai produz cimento, e podemos trazer para o RS”, completa.
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2021-12-08 17:50:40