Esta semana aconteceram as sessões da Reunião Anual da Unidade Temática de Integração Fronteiriça das Mercociudades, que nesta ocasião foi realizada na cidade de Melo no Departamento de Cerro Largo, Uruguai. Foi um encontro presencial e virtual, com representantes de governos locais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Panamá, Peru e Uruguai. Também participaram a Agência Uruguaia de Cooperação Internacional (AUCI), universidades, ministérios da América Central, juntamente com autoridades nacionais e locais.
A cidade de La Banda del Río Salí (BRS), Argentina, representada por Rodolfo Di Pinto e a cidade de Melo, Uruguai, por Miguel Mestre, como coordenador e subcoordenador da UTIF, organizaram um evento híbrido que contou com a participação ativa de representantes de sete países, sob o lema “Ninguém é tão bom quanto todos nós juntos”.
Di Pinto destacou que este é o último evento internacional da gestão do prefeito do BRS, Darío Monteros, e foi analisado o que aconteceu na última reunião, realizada na sede do Mercosul, Montevidéu. Também foram avaliados os resultados dos formulários enviados às cidades fronteiriças para realizar um diagnóstico que nos permita aproximar-nos das diversas realidades locais e interagir livremente entre todos os participantes, observando as necessidades e propostas de cada localidade, avançando em a combinação de projetos para trabalhar em conjunto.
Foz do Iguaçu, Brasil, cidade subcoordenadora, destaca a organização do anfitrião e sugere, para coordenar tarefas, convidar as cidades gêmeas fronteiriças e incluí-las na Rede Mercociudades. Santana do Livramento, Brasil, apresentou um plano estratégico urbano europeu, com forte foco na agenda 2030, para adaptá-lo em conjunto com a cidade de Rivera, Uruguai.
De Artigas, no Uruguai, destacaram uma conquista no transporte público de passageiros que de comum acordo alterna os dias de operação com Quaraí, no Brasil; Além disso, os alunos podem cruzar livremente a fronteira para ambos os lados. Empresários da Câmara de Melo observaram a dificuldade gerada pela diferença cambial com o Brasil, algo comum na maioria das cidades fronteiriças, o que gera grandes complicações para o comércio local; um distúrbio que também afeta Gualeguaychú, Argentina.
Rocha, Uruguai, destaca o trabalho realizado com a Organização Internacional para as Migrações durante a pandemia, devido à variedade de países de onde vieram os migrantes; e em Aceguá (Brasil-Uruguai), cidade separada internacionalmente apenas por uma rua, apontam que há muita pobreza e poucos recursos, para os quais Mercociudades pode ser a solução através de organizações sociais e da obtenção de meios econômicos.
Rio Branco, Uruguai, na fronteira com Jaguarão, Brasil, propõe avançar a partir de nossa Unidade Temática para ver a possibilidade de solicitar a aproximação de uma operação de integração semelhante à União Europeia. Di Pinto explicou que esta organização é um Mercado Comum e que o Mercosul ainda é considerado uma União Aduaneira Imperfeita porque nem todas as mercadorias estão autorizadas a circular sem obstáculos tarifários, e que esta etapa deve ser superada para formar um mercado comum.