Foi aberta oficialmente nesta sexta-feira (16/10) em Cruz Alta, a colheita do trigo no Rio Grande do Sul. A solenidade, no campus da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho, que representava o Governo do Estado do Rio Grande do Sul na solenidade.
“Já temos 18% de área colhida no Rio Grande do Sul neste momento e a nossa expectativa é de uma colheita boa, conforme a Emater estimou para este ano”, disse Covatti Filho.
Na avaliação do gerente da Emater/RS-Ascar da região de Ijuí, Carlos Turra, o trigo é um bom negócio, especialmente quando implantado com vistas a melhorar a fertilidade do solo. “A cultura do trigo, integrada em sistemas de rotação de culturas, contribui efetivamente na manutenção e melhoria da fertilidade química e física do solo, no controle de doenças, pragas e plantas daninhas e no aumento da eficiência de uso de maquinário, mão de obra e insumos na propriedade rural, sendo fundamental para a sustentabilidade da agricultura brasileira”, disse Turra.
Também participaram do evento o deputado federal Pedro Westphalen, que representava a Câmara Federal, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, Hamilton Jardim, coordenador regional da Seapdr, Uilian Cargnelutti, presidente da Associação Fenatrigo, Airton Becker, presidente da 16ª Fenatrigo, Moacir Medeiros, e reitor da Unicruz, Fábio Dal Soto.
Números
A projeção da Emater/RS-Ascar aponta crescimento de 20,34% na área (915,7 mil ha) cultivada com trigo nesta safra, em relação à safra do ano passado (760,9 mil hectares). Em relação à produção, a primeira estimativa é de que as lavouras gaúchas deverão produzir 2.189.837 toneladas, isso representa 4,23% a menos do que as 2.286.672 toneladas colhidas no ano passado, segundo o IBGE. O preço médio da saca de 60 quilos, praticado na semana de 12 a 16 de outubro no Rio Grande do Sul, é R$ 62,13.
Em Cruz Alta, existem 18 mil hectares cultivados com o grão. Na expectativa da extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Larissa dos Reis, deverão ser colhidos três mil quilos por hectare.
No mundo a tendência também é de crescimento da área de trigo, 0,8% na safra 2019/2020 em relação à safra anterior, totalizando 217,2 milhões de hectares. Em relação à produção, a expansão foi na ordem de 4,5%, totalizando 764,5 milhões de toneladas, acompanhando a tendência de alta no consumo mundial de trigo (752 milhões de toneladas) conforme relatório divulgado em fevereiro/2020, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A produção mundial de trigo na safra 2020/2021 é estimada pelo USDA em 773,1 milhões de toneladas, aumento em relação à safra anterior, quando foram produzidas 764,5 milhões de toneladas.
O Brasil permanece na 16ª posição no ranking dos maiores produtores mundiais, com produção estimada pelo USDA de 5,2 milhões de toneladas de trigo. Os cinco maiores produtores mundiais são a União Europeia (154 milhões/t), China (133,5 milhões/t), Índia (103,6 milhões/t), Rússia (73,6 milhões/t) e Estados Unidos (52,2 milhões/t).
O Brasil é importante produtor mundial, com produção estimada pela Conab de 6,8 milhões de toneladas de trigo em 2020.
Fonte: Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
2020-10-16 11:49:08