Na fase final da Operação Fronteira, realizada entre 14 e 25 de outubro, as forças de segurança brasileiras apreenderam R$ 2,6 milhões em mercadorias ilegais nas cidades fronteiriças de Aceguá, Bagé, Chuí e Jaguarão, no Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. Em Jaguarão, foram interceptados 16.800 fixadores de dentadura, importados dos Estados Unidos, e 870 kg de queijo uruguaio, com um valor de mercado estimado em R$ 1,2 milhão, compondo parte significativa do volume apreendido.
A operação foi coordenada pela Receita Federal e contou com o apoio de múltiplos órgãos de segurança, incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, a Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), a Secretaria de Segurança de Aceguá e a Brigada Militar. No decorrer das duas semanas de ação intensiva, as equipes realizaram três prisões, além de apreenderem drogas, eletrônicos, agrotóxicos e de recuperar um veículo roubado. Essa união estratégica visa não apenas barrar a entrada de produtos ilegais, mas também desarticular esquemas de contrabando e tráfico de itens proibidos.
A fase final foi marcada por uma reunião de avaliação realizada em Bagé, em 25 de outubro, onde os líderes dos órgãos envolvidos revisaram os resultados e discutiram as táticas para aprimorar a eficácia das próximas operações conjuntas no combate ao crime transfronteiriço. A Operação Fronteira abrangeu, além do Rio Grande do Sul, estados como Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. O objetivo central foi combater o contrabando de cigarros, o tráfico de drogas e armas, bem como crimes ambientais, reforçando a proteção nas fronteiras brasileiras e impactando positivamente na segurança pública.
O balanço final das apreensões, incluindo detalhes sobre as mercadorias confiscadas e os impactos da operação em termos de segurança e repressão ao crime, será divulgado em um evento oficial no dia 31 de outubro, na sede da Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu. O evento contará com a presença do secretário especial da Receita Federal, Robinson Sakiyama Barreirinhas. Na ocasião, um comboio de carretas transportará as mercadorias ilegais apreendidas para serem destruídas, adotando práticas sustentáveis para descarte, de modo a proteger o meio ambiente e garantir que os produtos não retornem ao mercado clandestino.