Na tarde desta quarta (27), o Instituto Butantan exportou 700 mil doses da vacina trivalente contra influenza, que partiram do aeroporto de Viracopos em Campinas, interior de São Paulo, em direção ao Uruguai. No começo de abril, outras 225 mil doses da vacina foram enviadas à Nicarágua, totalizando 925 mil doses exportadas para os dois países. Esta é a primeira vez que o Butantan vende imunizantes contra a gripe para outros países, uma das principais etapas do processo de internacionalização do instituto.
O envio ocorreu por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que selecionou o Butantan pela primeira vez em seu edital de licitação, após a vacina da gripe ter sido incluída na lista de imunizantes pré-qualificados da Organização Mundial da Saúde (OMS) no início de 2021 – um reconhecimento internacional às boas práticas do Butantan na fabricação da vacina e à qualidade e eficácia do imunizante.
Segundo o gerente de parcerias estratégicas e novos negócios do Butantan, Tiago Rocca, a inclusão no rol permite que o instituto participe de editais internacionais como o da OPAS, acessando novos mercados e fornecendo vacinas para outros países que precisam – não apenas da América Latina, mas eventualmente de outros continentes.
A atual vacina contra a influenza é composta por um vírus influenza da cepa B e dois da cepa A, os vírus H1N1 e H3N2, este último do subtipo Darwin. Esta causou os surtos fora de época no Brasil no final de 2021, que ocorreram devido à alta capacidade de transmissão da cepa e à baixa adesão à campanha de vacinação da influenza em 2021.
O Butantan é o fornecedor da totalidade das vacinas que serão usadas na campanha de vacinação contra a gripe do Uruguai, de acordo com informações do Ministério da Saúde Pública local. Toda a população está habilitada a receber a vacina – o equivalente a 3,4 milhões de pessoas –, mas o governo uruguaio vai priorizar grávidas e puérperas; crianças de seis meses a quatro anos e 11 meses; crianças, adolescentes, jovens e adultos com comorbidades; profissionais da saúde e prestadores de serviços essenciais (policiais, militares, bombeiros e professores); e idosos maiores de 65 anos.
Fonte: Instituto Butantan