sexta-feira, março 31, 2023
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Butantan planeja produzir 240 milhões de doses da vacina contra coronavírus

O governador do estado de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira que o Instituto Butantan abrirá canais de doações para arrecadar até 130 milhões de reais. O objetivo é expandir a planta de vacinas que produzirá o Coronavac, um potencial agente imunizante contra o coronavírus, desenvolvido em cooperação com a empresa chinesa Sinovac Biotech. O objetivo é permitir que 240 milhões de doses de medicamentos sejam fabricadas para servir “todos os brasileiros”.

“Hoje, iniciamos um programa de solicitação de doações ao Instituto Butantan para que ele possa arrecadar R$ 130 milhões e rapidamente investir em equipamentos, tecnologia, para ampliar sua capacidade de produção, que hoje já é de 120 milhões de unidades da Coronavac.”

Na terça-feira, os primeiros dos 9 mil voluntários que integram a terceira fase de testes clínicos da vacina receberam a primeira dose. A segunda dose será aplicada daqui a duas semanas.

Essa fase da pesquisa deve embasar, a depender dos resultados, o pedido de autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da vacina no Brasil. Doria acrescentou que se outras vacinas estiverem disponíveis, o Butantan terá condições de exportar a Coronavac para países da América Latina.

“Havendo uma segunda vacina, ou uma terceira, o que será bem-vindo, não há nenhum problema, o Butantan irá exportar a Coronavac para países vizinhos do continente latino-americano, para ajudar povos vizinhos e irmãos que fazem fronteira ou não com o Brasil”, afirmou.

Os estudos da Sinovac para desenvolver uma vacina contra o coronavírus começaram em 2003, após a China sofrer uma epidemia de SARS, vírus muito semelhante ao que causa a covid-19. Quando a pandemia atual surgiu, a empresa adaptou a pesquisa de uma vacina para o novo vírus. As fases 1 e 2 dos testes clínicos foram feitas na China.

A opção do Brasil como local para realização da terceira etapa — uma espécie de reta final antes da aprovação por órgãos reguladores — ocorreu por meio de uma parceria com o Instituto Butantan. Por ter circulação intensa do vírus, o que não ocorre mais em muitos países da Ásia e Europa, o Brasil é considerado por especialistas como um local adequado para se ter respostas rápidas da eficácia de uma vacina.

A Organização Mundial da Saúde considera a vacina da Sinovac Biotech uma das dez mais avançadas do mundo, juntamente com a produzida no Reino Unido pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, e a da Moderna, nos Estados Unidos.

2020-07-22 14:02:49

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