A chuva avança pelo Rio Grande do Sul e já atingiu diversas regiões na manhã desta quarta-feira, inclusive com volumes elevados isolados em algumas cidades do interior gaúcho. Uma área de baixa pressão reforça a instabilidade no estado sob uma atmosfera quente e úmida que traz abafamento.
A imagem de satélite do final da manhã desta quarta do GOES-16 mostrava a presença de algumas nuvens carregadas sobre o Rio Grande do Sul e que traziam chuva moderada a forte em pontos entre o Centro e o Oeste do estado.
No município de Alegrete, no Oeste, conforme dados da estação do Instituto Nacional de Meteorologia, a chuva somada até o final da manhã atingia 65 mm. A precipitação em apenas uma hora somou 41 mm na cidade. Em Rosário do Sul, o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres anotava 43 mm até o fim da manhã.
Com a atmosfera aquecida e o tempo abafado, mais nuvens carregadas devem se formar entre a tarde e a noite desta quarta com chuva localmente forte a intensa com raios e um alto risco de temporais isolados de vento e granizo, de variado tamanho.
O que se prevê de chuva é diferente dos eventos extremos de precipitação que o Rio Grande do Sul enfrentou em setembro, outubro e novembro com cheias de rios. Isso porque aqueles episódios tiveram chuva volumosa em extensas áreas enquanto o que se antecipa agora é chuva intensa mais localizada. Em muitas cidades, por exemplo, os volumes devem ser baixos.
Sob este cenário, o risco não é de que ocorram cheias de rios e enchentes em diferentes bacias, mas sim de alagamentos ou inundações localizados por acumulados excessivos isolados, situação muito comum nos meses de verão.
A chuva que atinge o Rio Grande do Sul hoje se soma ao que já caiu neste mês e fará com que algumas cidades superem a média histórica de precipitação de dezembro inteiro ainda na primeira semana do mês. Várias estações dos três estados do Sul reportaram acumulados de 50 mm a 100 mm somente nos primeiros cinco dias de dezembro.
2023-12-06 11:52:48