Desativação do Presídio Estadual de Jaguarão gera impacto e mobilização de autoridades locais
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio de um ofício emitido pela Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo e pela Polícia Penal, confirmou a desativação do Presídio Estadual de Jaguarão (PEJAG), localizada na fronteira com o Uruguai. A medida, comunicada oficialmente em 15 de outubro de 2024, tem gerado preocupação entre a população de Jaguarão e das cidades próximas, como Arroio Grande e Herval. As consequências locais são numerosas, incluindo impactos na economia, dificuldades para familiares dos apenados e mudanças bruscas para servidores, que não foram previamente informados sobre o fechamento da unidade prisional.
A decisão de desativação, segundo o governo estadual, é motivada pelas limitações estruturais e de segurança do prédio, situado a apenas 10 metros de residências e próximo à fronteira. O presídio, tombado como patrimônio histórico, enfrenta restrições para reformas e, apesar de ser cercado apenas por telas, não dispõe de estrutura adequada para garantir a segurança interna e externa.
Consequências para a economia e famílias dos apenados
A retirada do presídio impactará a economia local, que depende dos serviços ligados à unidade, e causará transtornos significativos para familiares dos internos, que terão de se deslocar até cidades mais distantes, como Pelotas e Rio Grande, para visitá-los. Para Jaguarão, a perda de uma unidade prisional representa não só uma redução no número de empregos diretos e indiretos, mas também a perda de uma estrutura essencial para a segurança regional, especialmente em uma área de fronteira.
Mobilização de autoridades e proposta de audiência pública
Preocupados com a situação, representantes e autoridades locais estão se organizando para debater o tema. O vereador Fred Nunes protocolou um requerimento para uma audiência pública, que será votado hoje na sessão ordinária da Câmara Municipal. O objetivo é reunir representantes estratégicos, incluindo o Prefeito de Jaguarão, a Presidente da OAB, o representante da Defensoria Pública, o Ministério Público, o Diretor do Foro da Comarca de Jaguarão, o diretor do Presídio Estadual de Jaguarão e representantes dos agentes penitenciários locais.
A audiência pública será realizada amanhã (30/10) ás 19 horas na câmara municipal e tem como meta discutir os desdobramentos da desativação, buscando alternativas que possam mitigar os impactos socioeconômicos para Jaguarão e garantir maior transparência e diálogo sobre o destino dos internos e o futuro dos servidores da unidade prisional.
Texto e Foto: Lasier Dias / Vibe Hits Produções.
[vid_embed]
Fonte: Vibe Hits Produções e Notícias