O Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio, coordenado pela Secretaria da Saúde (SES/RS), promove, em setembro, o Mês de Promoção da Vida. A programação conta com três lives que serão transmitidas pelo canal da SES/RS no Youtube e com a instalação de iluminação cênica em prédios públicos e privados de Porto Alegre.
A primeira live, “Em busca de um bem-estar no mal-estar da cultura”, será no dia 30 de agosto, às 15h, com a participação da médica Rosângela Amaral de Almeida, especializada em Psiquiatria e Saúde Mental Coletiva.
No dia 22 de setembro, às 16h, será realizada a live “Promoção da vida: saúde emocional é possível?, com o médico André Bendl, mestre em Saúde e Desenvolvimento Humano da secretaria da Saúde de Osório.
Em outubro, no dia 11, às 14h, a psicóloga Anajara Terra participa da Live “Quando o sujeito do desejo emudece: uma questão de vida ou morte?”. Anajara é docente da Aprés Coup Sociedade Psicanalítica Porto Alegre/Buenos Aires.
A transmissão das lives será aberta a profissionais de saúde e ao público em geral, pelo canal youtube.com/SecretariadaSaúdeRS.
Luzes amarelas
A iluminação cênica de prédios públicos e privados de Porto Alegre com luzes amarelas faz parte da programação das atividades de prevenção ao suicídio. Serão iluminados, entre 1º e 15 de setembro, os prédios da loja Lebes, do Centro Administrativo Fernando Ferrari, da Câmara de Vereadores, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, dos estádios Beira-Rio e Arena, do Palácio Piratini e da Ponte do Guaíba.
Marilise Fraga de Souza, chefe da Divisão de Políticas Transversais da SES/RS, explica que, além da programação de setembro, o comitê está trabalhando com ações para o ano todo. Ela destaca o lançamento do Plano Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, que deve ocorrer em breve.
O Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio é constituído por instituições governamentais e não governamentais, representantes da sociedade civil, municípios, hospitais e universidades.
Cenário epidemiológico do suicídio
A coordenadora do Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio, Andreia Volkmer, diz que os últimos dados consolidados são de 2019 e mostram que o Rio Grande do Sul é o Estado com maior taxa de mortalidade no país. “Nas diversas faixas etárias há algum tipo de preocupação com a questão do suicídio, que é um fenômeno complexo, multicausal e está dentro de um espectro, porque se apresenta de diferentes formas”. Ela afirma “temos as tentativas de suicídios, as autoagressões, os óbitos e ainda os sobreviventes, que são os familiares e amigos daqueles que morreram”. Andreia considera que a soma de todas essas pessoas envolvidas forma um grupo bem relevante como foco de preocupação na área da saúde.
Em 2019 foram registrados 1.423 casos de suicídios no RS, com maior incidência na faixa etária entre 50 e 59 anos, sendo 80% homens.
Ocorrência por tipo de população:
– autoagressão, sem intenção de morte, ocorre mais entre os jovens;
– tentativa de suicídio, mais em pessoas adultas, com preponderância entre as mulheres;
– óbito, as maiores taxas ocorrem entre os idosos, do sexo masculino;
Acesse o Cenário Epidemiológico do Suicídio
Prevenção e tratamento
Andreia Volkmer considera que o atendimento nas unidades da Atenção Primária à Saúde tem um papel importante na prevenção ao suicídio “É por meio da atuação de médicos de família, agentes comunitários de saúde e demais integrantes da equipe multiprofissional que podem ser detectados os primeiros sinais e assim ser realizada a primeira orientação de tratamento para a pessoa que está em risco e sua família”.
Ela cita a política de saúde mental, o programa estadual de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pepics), as políticas que cuidam dos ciclos de vida (saúde da criança, do adolescente, da mulher, do homem, do idoso), desenvolvidas pela SES/RS, como uma alavanca para que o atendimento do Sistema Único Saúde (SUS) possa atingir cada vez mais pessoas de forma qualificada.
Dicas para se sentir melhor no cotidiano:
– atividades físicas ao ar livre
– valorização dos relacionamentos interpessoais, participação de grupos de convivência na comunidade
– descobrir e praticar novas habilidades
– nos primeiros sinais de sofrimento, procurar ajuda nos serviços de saúde
Fonte: Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul
2021-08-27 09:05:00
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