sexta-feira, março 31, 2023
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Número de mortes por Covid-19 no RS pode ser cinco vezes maior, aponta estudo


O número de mortes em decorrência do novo coronavírus pode ser até cinco vezes maior no Rio Grande do Sul do que os registrados oficiais do governo. É o que aponta estudo realizado pela assessoria técnica da deputada estadual Luciana Genro e do vereador Roberto Robaina, ambos do PSol, apresentado nesta sexta-feira por videoconferência. Para os parlamentares, pode estar havendo elevado número de subnotificações de óbitos por Covid-19, com aumento dos registros de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O levantamento, que analisou dados de 1° de março a 9 de junho, de 2017 a 2020, revela que foram registrados 1.024 óbitos no Estado, este ano, durante aquele período, por SRAG. No ano passado, no mesmo período, ocorreram 84 mortes por SRAG. Conforme estudo, que utiliza dados do site do Ministério da Saúde e dos boletins das secretarias estadual e municipal de Saúde, nos últimos três anos, a média de mortes por SRAG, naquele período, ficou em 113.

Luciana ressalta que o estudo não leva em consideração o número de mortes confirmadas pela doença no RS. A deputada afirma que os dados mostram aumento desproporcional das mortes por SRAG em todo RS. “Existe possibilidade muito grande de subnotificação no número de mortes, e não apenas de caso de SRAG, que é muito superior à média dos últimos três anos em 2020. Isso mostra discrepância de números”, justifica.

De acordo com estudo, na Capital, nos últimos três anos, naquele período, a média de mortes por SRAG foi de 64 mortes. Este ano, no mesmo período, foram 245 mortes. “Ou seja, 3,79 vezes mais mortes do que tivemos nos últimos três anos”, acrescenta a parlamentar. Além de encaminhar o relatório do estudo ao reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal, Robaina criticou a condução da saúde pelo governo federal e reforçou a importância de buscar informações precisas sobre as subnotificações no país.

Ele destacou o trabalho de pesquisa da universidade, que se tornou referência no país no monitoramento de casos da doença. “Nosso objetivo é fortalecer a consciência na sociedade de que o problema é grave, e insistir na necessidade de testes. Não tem como ter planejamento sem testes”, avalia. Dirigente do PSOL em Pelotas, Jurandir Silva afirma que as pesquisas que a Ufpel está utilizando já ‘trazem informação gravíssima’ de subnotificação de pessoas contaminadas pela Covid-19. “A informação que trazemos de subnotificações aponta número absurdo de óbitos”, acrescenta.

Hallal garantiu que vai encaminhar o estudo aos pesquisadores da universidade. Não é uma situação inédita, tivemos situação idêntica a essa no estado do Amazonas, quando divulgamos nossa pesquisa”, frisa. Ele garantiu os dados serão avaliados por epidemiologistas da Ufpel. “Estamos lidando com isso desde início da pandemia. O grupo da Ufpel vai analisar dados apresentados, checar informações, o que é habitual em pesquisas. Nos manifestaremos em breve”, conclui.

Fonte: Correio do Povo

2020-06-12 19:21:01

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