A Polícia Federal emitiu nota oficial em Brasília na qual orienta os cadastrados com direito ao auxílio emergencial que identificaram saques, transferências bancárias ou pagamentos de contas e boletos realizados por terceiros sem o seu consentimento. Conforme a PF, não existe necessidade de comunicação ou comparecimento às unidades da instituição em todo o país. “Os beneficiários lesados devem se dirigir apenas a uma agência da Caixa Econômica Federal para iniciar o processo de contestação de movimentação em conta e receber eventual ressarcimento”, informou.
Conforme a PF, as informações desse processo de contestação serão oportunamente compartilhadas com a instituição para fins de investigação de eventuais crimes ocorridos. “Caso haja necessidade de esclarecimentos adicionais, a Polícia Federal entrará em contato com o beneficiário através dos dados informados no processo de contestação realizado pela Caixa. Esse procedimento, além de evitar deslocamentos desnecessários e aglomerações para os registros, não causa nenhum prejuízo às investigações, uma vez que as informações necessárias para identificação dos autores de eventual conduta criminosa serão compartilhadas entre a Caixa e a Polícia Federal”, concluiu.
Em Porto Alegre, a Polícia Federal/RS já havia divulgado nota sobre denúncias de saques indevidos do auxílio emergencial, onde os golpistas trocam dados das pessoas cadastradas legalmente para o benefício e se apropriam do dinheiro. A superintendência regional da PF confirmou o registro de diversas ocorrências envolvendo fraude na obtenção e no pagamento do benefício.
“Todas as informações recebidas são investigadas e dependendo do caso, a exemplo das fraudes eletrônicas, encaminhadas para órgãos centrais da Polícia Federal para análise e tratamento dos dados com ferramentas específicas, que resultam em atuação policial mais eficiente. Nesse processo, as ocorrências são apuradas com a finalidade de identificar o local do crime e a atuação de grupos criminosos. Após essa análise inicial, as informações são encaminhadas às unidades da Polícia Federal nos estados para prosseguimento das investigações”, esclareceu.
Os crimes investigados são de invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude, modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações, estelionato majorado e inserção de dados falsos em sistema de informações, conforme especificidades de cada caso.
Já a Caixa Econômica Federal tinha orientado que contestações de saques indevidos podiam ser formalizadas pelo beneficiário supostamente prejudicado em qualquer agência da CAIXA. “Após análise, nos casos em que for comprovado eventual saque fraudulento, o beneficiário será ressarcido”, garantiu, acrescentando que o banco disponibiliza orientações de segurança em seu portal da internet e nas agências com o objetivo de alertar os clientes quanto a golpes, seja por e-mails spam, sites falsos ou por telefone. “A CAIXA informa que atua de forma conjunta com os órgãos de segurança pública para mitigar riscos de fraudes e garantir um nível adequado de segurança no pagamento do Auxílio Emergencial. Sempre que detectada suspeita de crime, a Polícia Federal é acionada e recebe todas as informações para as investigações e intervenções necessárias”, disse em nota oficial.
2020-06-18 12:34:00