Como um dos programas prioritários do Governo do Estado na área da Saúde, o TEAcolhe, destinado ao atendimento integral de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) deve consolidar em breve a sua rede de 30 centros regionais e de sete macrorregionais no Rio Grande do Sul.
Só neste mês foram implementados o centro macrorregional de Gramado e dois regionais em Santa Cruz e Capão da Canoa. Com estes últimos o RS chega a 28 centros regionais.
Representantes destes centros participaram de um encontro de formação e troca de experiências, na tarde desta quarta-feira (30/3), com a presença da secretária adjunta da Saúde, Ana Costa.
Durante a atividade que foi realizada de forma online, Ana Costa destacou que “unir o acolhimento e a qualificação técnica é um desafio que o TEAcolhe vem vencendo em todo o Estado” .
A secretária afirmou que “as pessoas com deficiência não estão moldadas nos livros, é preciso suprir as necessidades do atendimento integral e caminho é acolhimento, a ternura e o afeto”. Segundo ela, o TEAcolhe segue esta pauta de afirmando que “ só foi possível chegar aqui hoje porque muitas pessoas, de cada canto do Estado, acreditaram que seria possível implementar este programa como a maior rede de cuidado ao espectro do autismo que já tivemos no Estado”.
O programa TEAcolhe, foi lançado em abril de 2021 pelo governo do Estado, tem como objetivo organizar e fortalecer as redes municipais de saúde, de educação e de assistência social no atendimento às pessoas com autismo e suas famílias. O programa busca envolver escolas, postos de saúde, centros de atendimento e comunidade, atuando de forma integrada.
Para a efetivação do programa, o governo do Estado faz um repasse de R$ 200 mil para a estruturação dos centros macrorregionais, incluindo reforma, ampliação, compra de equipamentos ou de veículos. Além disso, mensalmente são repassados R$ 50 mil para custeio das unidades. Os centros regionais recebem R$ 30 mil, por mês, cada um deles.
Sobre o TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico que começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta, como autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e a síndrome de Asperger.
Há dois critérios para o diagnóstico do TEA: déficit na reciprocidade socioemocional (seja na comunicação não verbal ou na interação social) e presença de comportamentos restritos ou repetitivos.
A diferença entre os transtornos é o grau, dentro do espectro autista, uma vez que é possível que pessoas com TEA apresentem desde pequenas dificuldades de socialização até afastamento social, deficiência intelectual e dependência de cuidados ao longo da vida.
Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 54 crianças tem TEA. Essa estimativa representa um valor médio, e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas bem controladas têm, no entanto, relatado números que são significativamente mais elevados. A prevalência de TEA em muitos países de baixa e média renda é até agora desconhecida.
Fonte: Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul
2022-03-30 15:29:00