Já o ministro do Uruguai, Fernando Mattos, parabenizou a conquista gaúcha de zona livre de febre aftosa sem vacinação. “Nós já temos um intercâmbio histórico-cultural muito intenso com o Rio Grande do Sul e que deve se fazer também na vigilância das fronteiras. Nós estamos aí para colaborar, para acompanhar”, afirma.
O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, declarou que com o novo status é muito importante esta parceria. “Os problemas do Rio Grande do Sul e do Uruguai são os mesmos, mesmo com o status diferente dos dois países, já que o Uruguai é livre de febre aftosa com vacinação. O que surgir aqui, desta reunião, vai impactar na pecuária do Rio Grande, afirma.
O fiscal estadual agropecuário Francisco Lopes, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), apresentou o trabalho desenvolvido pelo Programa Sentinela nas fronteiras do Rio Grande do Sul com a Argentina e Uruguai. De acordo com Lopes, coordenador do Programa, “o principal problema que existia na fronteira com o Uruguai é o gado de corredor, os animais que ficam nas margens das estradas e das rodovias. Depois de três a quatro meses de trabalho do Sentinela, com ações de educação sanitária, autuações e recolhimento dos animais este problema diminui muito”, destaca. Já na fronteira com a Argentina, o maior desafio é o contrabando de animais.
Segundo ele, ainda faltam duas metas importantes a serem alcançadas pelo Programa. “As atividades binacionais de cooperação, trabalho de parceria com os países de fronteira com o Rio Grande do Sul, como o que estamos debatendo hoje com o Uruguai. E a rastreabilidade individual dos bovinos, que já existe no Uruguai, em partes da Argentina e no estado vizinho de Santa Catarina”, destaca.
O memorando de entendimento, que está sendo elaborado entre os dois países, vai permitir a formalização de um intercâmbio técnico, de informações e capacitações.
E já está em discussão o desenvolvimento de uma atividade piloto na fronteira entre os dois países em outubro e a partir de novembro um serviço efetivo de cooperação na região de fronteira, com equipes trabalhando de forma simultânea e integradas. Também estão previstos simulados entre os dois países, a exemplo do que já ocorreu em 2016. O local ainda não está definido.
“A vigilância nas fronteiras é extremamente importante nesse novo status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, porque quando não há mais vacina, outras ferramentas precisam ser potencializadas. A vigilância sanitária é a principal delas’, destaca Rosane Collares, diretora do Departamento de Defesa Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura.
Mais informações sobre o Programa Sentinela clique aqui.
Fonte: Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
2021-09-09 05:36:44