A Justiça do Uruguai suspendeu nesta quinta-feira (7) a vacinação contra a Covid-19 para os menores de 13 anos, após o juiz Alejandro Recarey ter aceitado um recurso apresentado por um advogado. Segundo a decisão, lida nesta quinta no Tribunal Administrativo do Uruguai, a suspensão da vacinação, que não é obrigatória no país, será “imediata”.
O juiz ordenou ao Ministério da Saúde e à Presidência que publiquem, na íntegra, “todos os contratos de compra” das vacinas fornecidas no país, onde foram usadas as da empresa farmacêutica chinesa Sinovac, da anglo-sueca AstraZeneca e da americana Pfizer.
Pediu também que seja elaborado um texto a ser entregue diretamente às crianças com menos de 13 anos que queiram ser vacinadas, fornecendo informações “completas e claras” sobre as substâncias contidas em cada vacina, os seus benefícios e riscos, assim como os efeitos adversos “já detectados”.
Recarey, que assumiu o caso, estipulou que assim que o cumprimento dessas disposições for confirmado perante o tribunal, a possibilidade de “solicitar o reinício, também imediato, das vacinações” será ativada.
O caso foi levado ao tribunal nesta semana, após o advogado Maximiliano Dantone ter apresentado uma ação judicial que incluía um pedido de suspensão, que foi recebido com celebrações e cânticos como “as crianças não devem ser tocadas”.
*EFE