O novo modelo de divulgação de informações sobre a COVID-19 abordará o cenário atual da doença, com análise de casos e mortes por data de ocorrência, de forma regionalizada. Dessa forma, toda a rede de atenção à saúde estará em condições de se adequar e agir com mais efetividade contra a doença. O uso da data de ocorrência (e não da data de registro) auxiliará a se ter um panorama mais realista do que ocorre em nível nacional e favorecerá a predição, criando condições para a adoção de medidas mais adequadas para o enfrentamento da COVID-19, nos âmbitos regional e nacional
O Ministério da Saúde vem aprimorando os meios para a divulgação da situação nacional de enfrentamento à COVID-19. Os dados fornecidos nas coletivas de imprensa passaram a ser entregues em plataforma online, o que só reforça a transparência de informações para que toda a população realmente tenha acesso a qualquer momento às informações acerca da pandemia.
Clique para acessar as informações de casos e óbitos
Hoje, em qualquer lugar do país e do mundo, profissionais de saúde, gestores, imprensa e a população em geral podem verificar o cenário brasileiro da evolução da pandemia e todos os investimentos e repasses de recursos financeiros federais (destinados à preparação de estados e municípios para o enfrentamento à COVID-19), além dos reforços adicionais em pessoal de saúde contratado pela União e enviado às diferentes regiões e as distribuições de medicamentos, vacinas, ventiladores, equipamentos de proteção individual (EPI) realizadas pelo governo federal, assim como todos os instrumentos publicados, como orientações, notas técnicas, portarias e boletins epidemiológicos. A interação deve aumentar com nova plataforma de dados que deve ser disponibilizada nesta semana.
Busca-se a elaboração e a disponibilização de dados epidemiológicos, estatísticos e fidedignos, com base em números reais e transparentes e atualização periódica. Somente com informações epidemiológicas confiáveis, será possível a avaliação das medidas atuais e o planejamento de ações futuras para combater a propagação do novo coronavírus. Permitindo, com isso, a adoção de medidas de prevenção, de distanciamento social e de adequação de suas estruturas de atenção à saúde, por parte dos gestores municipais e estaduais.
CONTINUIDADE DA INFORMAÇÃO
Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem trabalhado para disponibilizar o maior número de dados possíveis. Foram criadas algumas “interfaces de acesso” (API) que são utilizadas pelos Estados e municípios, para auxiliar na tarefa de vigilância epidemiológica e consequentemente no combate à pandemia. Com a evolução da pandemia, identificou-se que a ferramenta atual foi baseada em uma visão epidemiológica e verificou-se a necessidade de uma linguagem mais clara para a população.
Destaca-se que está ocorrendo um problema no acesso dos estados à base de dados do e-SUS acessada via API. Os dados a partir de 28 de abril estão indisponíveis. Do total de mais de 2,6 milhões de notificações, só estão disponíveis pouco mais de 439 mil. Alguns estados e o CONASS relataram esta problemática, fazendo com que este Ministério trabalhasse com o DATASUS para resolver essa situação. Contudo, os dados podem ser acessados no link para o open SUS e fazer suas pesquisas com os dados disponíveis no opendatasus.saude.gov.br
Paralelamente, foi criada uma base de disseminação de dados abertos – OpenDATASUS -, com o objetivo de :
1) Disponibilizar as Notificações de Síndrome Gripal Leve, algo em torno de 2,6 milhões de registros; e
2) Disponibilizar as notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionadas ao COVID-19, através do SIVEP-Gripe.
Acesse a plataforma OpenDataSUS clicando aqui
É importante salientar que estas ações não foram paralisadas e que os dados sempre estiveram à disposição da população, mostrando o comprometimento deste Ministério com a transparência das informações.
No tocante, aos problemas de acesso dos Estados, ocorridos ontem, ressalta-se que foram devidos às várias tentativas de invasão ao ambiente do DATASUS. Por consequência fomos obrigados a tomar algumas providências para ampliar os perímetros de segurança. Infelizmente, estes ajustes impactaram na interface que estava funcionando. A equipe técnica já executou seu trabalho e o serviço, neste momento, já se encontra em operação.
O Ministério da Saúde reitera que a disponibilidade dos dados das notificações não foram impactadas e continuam à disposição da população, dos órgãos de controles e da academia. A compilação desses dados é fundamental para o enfrentamento desta pandemia.
INTEGRAÇÃO DE PLATAFORMAS E CONCENTRAÇÃO DAS INFORMAÇÕES EM UM ÚNICO SÍTIO
Está sendo implementada a centralização de todas as informações em uma única plataforma.
O painel foi montado inicialmente sem um trabalho integrado entre as Secretarias finalísticas do Ministério da Saúde, pois atendia apenas a uma informação epidemiológica (especializada) de vigilância em saúde.
Durante a Pandemia o Ministério da Saúde vem trabalhando em várias ferramentas para facilitar a disponibilização e visulização dos dados, a saber:
1. Através do Painel Coronavírus COVID-19
2. Através do site Coronavírus COVID-19
3. Através do aplicativo (App) para smartphone Coronavírus – SUS, com mais de 5 milhões de downloads
4. Envio de microdados da Síndrome Gripal Leve e SRAG para os Estados e Municípios
5. Disponibilidade de Dados para a população e academia
Após a necessidade de reformulação do Painel Coronavírus COVID-19 ( item 1 ), o mesmo ficou fora do ar para ajustes, no entanto , os demais serviços continuaram disponíveis para os respectivos públicos.
APRIMORAMENTO DAS BASES DE DADOS, COM VISTAS A AUMENTAR A CONFIABILIDADE DOS PRODUTOS E BOLETINS A SEREM DISPONIBILIZADOS E TRABALHADOS
A busca pelo aprimoramento da coleta de informações, da alimentação correta e tempestiva da base de dados, e da disponibilização desse trabalho é permanente.
O Ministério da Saúde está trabalhando com as informações produzidas pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, de forma a ter um retrato mais aprimorado da situação epidemiológica da COVID-19 no Brasil, baseadas nos registros de óbitos por SRAG confirmados por COVID-19 (SIVEP-Gripe).
Este é o sistema oficial para registro de casos hospitalizados e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Por meio deste sistema, a partir do registro oportuno e de qualidade, é possível analisar os óbitos por COVID-19 por diversos indicadores, como a data de início dos sintomas (quando a infecção ocorreu), data de ocorrência do óbito, data de hospitalização, fatores de risco associados, idade, sexo, data da coleta do exame, status do exame etc.
As atualizações dos registros têm apresentado problemas. Essa situação tem sido discutida nas reuniões do Gabinete de Crise do MS, em que participam a secretaria-executiva e as secretarias finalísticas do Ministério da Saúde, além do CONASS, do CONASEMS e da OPAS. Nessas ocasiões, tem-se a informação de que estados e municípios alegam dificuldades de pessoal e falta recursos humanos para realizar a notificação, registrar e atualizar os dados no SIVEP-Gripe. Alegam também que são muitos os campos a serem preenchidos e que o sistema é lento. Para torná-lo mais ágil e efetivo estão sendo adotadas as seguintes medidas:
1) Pactuar com estados e municípios a redução dos itens da ficha de investigação de SRAG para contemplar apenas os campos essenciais para análise epidemiológica, com vistas a gerar mais agilidade no preenchimento dos campos;
2) Auxiliar aos estados e municípios na recomposição da equipe de trabalho que se dedica a notificação e investigação de casos (para isso, o Ministério da Saúde pretende lançar mão do banco de profissionais a disposição para serem incorporados temporariamente à força de trabalho do SUS, especificamente para a notificação e investigação);
3) Capacitar por meio de plataformas digitais um grande contingente de técnicos dos níveis estadual e municipal, para que atuem de forma objetiva e oportuna no registro de informações; e
4) Garantir que o DATASUS ofereça suporte operacional e estrutural para que o SIVEP-Gripe continue a dar vazão aos registros, agindo de antemão para prevenir possíveis falhas por excesso de acessos simultâneos.
Além do SIVEP-Gripe, outro Sistema de informação utilizado para monitoramento de casos leves de Síndrome Gripal com suspeita de COVID-19 é o e-SUS Notifica, que é utilizado pela maioria das Unidades da Federação para notificação de casos suspeitos e sua confirmação.
Os Estados que utilizam sistemas de informação próprios para registro de casos leves de Síndrome Gripal suspeitos de COVID-19 também têm a possibilidade de interagir com o nível federal, utilizando credenciais para acesso à aplicação, e com isso passando a se reportar diretamente ao Ministério da Saúde.
A melhoria da notificação e a segurança na confiabilidade dos dados permitem avaliar melhor o cenário nacional, tornando mais efetivas as ações para o atendimento aos pacientes e preparo das novas etapas da resposta brasileira à doença. Para isso, o Ministério focará em gráficos empregando curvas logarítmicas, que agregam números de casos e óbitos por dia. Isso permitirá uma análise de tendência. Se os óbitos estão em ascensão, num platô ou em queda. A curva cumulativa, sozinha, tende ao infinito.
ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO
Será analisado como trabalhar as curvas logarítmicas sem desconsiderar os totais de casos e óbitos, pois entende-se que um tipo de dado trabalhado não dispensa o outro. Cabe ressaltar que esses dados precisam ser divulgados por especialistas com um esclarecimento adequado, apontando as tendências, sem dar margens a interpretações equivocadas da curva epidemiológica em cada estado ou região do país.
No caso específico da divulgação dos números de casos e óbitos relacionados à COVID-19, observa-se que são públicos e estão disponíveis nos boletins epidemiológicos diários dos Estados. Por meio dessas informações públicas, o Ministério da Saúde confere e consolida os dados para apresentar o cenário nacional da doença.
A adequação dos horários de divulgação dos dados é parte da estratégia da obtenção de informações mais precisas. O momento de divulgação está atrelado ao fechamento dos boletins epidemiológicos estaduais. Ressalta-se que esses dados são carregados pelos estados e municípios ao final do dia, por volta das 18 horas, e que há diferentes fusos horários no território nacional, o que atrasa um pouco a finalização da atualização dos dados a serem trabalhados.
Quando finalizada a consolidação e conferência, o boletim do Ministério da Saúde distribui instantaneamente para os 540 jornalistas cadastrados no Brasil e divulga as informações no seu portal e redes sociais. Os dados também são discutidos nas frequentes coletivas de imprensa, que já somam mais de 300 horas desde o início da pandemia.
Para entender melhor em que situação o Brasil se encontra no momento, o Ministério da Saúde considera que devem ser analisadas as curvas de evolução diária por região, estados e municípios. Com isso é possível avaliar a migração da doença entre as diversas regiões do país.
Na divulgação, puramente, do acúmulo de casos, como vinha sendo feito até o momento, é muito difícil verificar as mudanças dos cenários regionais, estaduais e municipais. O dado acumulado pode indicar uma grande quantidade de casos em localidades que já estão em outra fase da curva epidemiológica. Observa-se que grande parcela das capitais e regiões metropolitanas que foram mais impactadas já estão na descendente da curva de percentual de ocupação de UTIs e óbitos por COVID-19.
No cenário atual, a maior disponibilização de testes e a melhoria da assistência laboratorial tem permitido a compreensão mais fidedigna do número de óbitos recentes por COVID-19. Os exames represados estão sendo feitos em maior quantidade e em menor tempo.
O Ministério da Saúde disponibilizará as terças-feiras um boletim baseado na semana epidemiológica. Por convenção internacional as semanas epidemiológicas são contadas de domingo a sábado e servem como padrão para comparação de dados e acompanhamento da evolução da dinâmica de transmissão da doença. Este boletim será apresentado em uma reunião técnica, com a participação do CONASS e CONASEMS, visando efetivamente promover o debate, o alinhamento e a reorientação das ações estratégicas mediante o cenário epidemiológico.
Outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica. Nesta semana, por exemplo, o Ministério da Saúde anunciou a criação dos centros de atendimento e referência ao enfrentamento da COVID-19. Estes centros cumprirão a tarefa de permitir o atendimento nas fases iniciais da doença, possibilitando o diagnóstico e o tratamento precoce aos pacientes, assim como a coleta de exames dos casos mais leves. Ou seja, está, também, ampliando a capacidade de coleta e registro.
Além disso, em conjunto com a ampliação da testagem, é fundamental promover ações de ampliação da vigilância de casos e monitoramento de contatos com casos confirmados. Por meio desta ação será possível identificar precocemente casos de COVID-19 e quem teve contato com esse caso nas últimas 48 horas antes do início dos sintomas. Sendo possível, com isso, monitorar esses casos e alertar sobre o surgimento de sintomas, a prática ativa de medidas de etiqueta respiratória, higiene das mãos e utilização da máscara, bem como evitar ambientes de grande circulação de pessoas. Também deve ser orientado que, caso apresentem sintomas de doenças respiratórias, devem buscar o atendimento em postos de triagem e policlínicas, para, caso sejam diagnosticados iniciem imediatamente o tratamento recomendados.
O Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, manterá a evolução da compreensão da doença no país e busca ações mais efetivas para a resposta brasileira à COVID-19.
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2020-06-07 21:36:27